''Negar aquilo que é Absoluto. Negar o Certo e o Errado. Além do Bem e do Mal. Afundar Teorias. Leis. Regras. Destruir o Muro da Realidade. Quebrar os tijolos da Verdade. Obedecer a uma Lei única. A Lei da vontade própria. E assim eu faço a vida. A Liberdade. Eis é a chave da Vida. Uma vida plena de verdade.''

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Mudança

Mudamos para a loja 2, no endereço www.defeitocolateral.wordpress.com

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Arpões, chicotes e uma dose de gin

Vão todos pro olho do cu da puta que os pariu no inferno, seus abortos de morcega!

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Revolução? Desde quando?

Existem pessoas que adoram vomitar sobre uma revolução silenciosa. Pessosas que insistem em dizer que, ao nosso redor, uma revolução já começou, e que as pessoas não enxergam por que não querem. De onde diabos esse pobres diabos tiraram isso? Baseados em que?
Desde que os tempos são tempos, houveram diversas revoluções por diversos motivos, e se pegarmos um punhado delas e compararmos, chegaremos a algumas conclusões:

Primeira e mais óbvia: para acontecer uma revolução, o povo precisa estar descontente. Afinal de contas, tentar derrubar um poder que te ajuda é muito pior que dar um tiro no pé, é meter logo uma bala na cabeça.

Segunda: precisamos então ter uma certa quantia de pessoas descontente com o regime regente, e não estamos falando de coisa pouca. Para uma revolução ser bem sucedida, a maioria tem que estar do teu lado, do contrário vira passeata esquerdista.

Terceiro: não basta você fazer o maior bafafá, ser um grande líder se, quando tudo for um sucesso, você não vai ter nenhuma idéia de melhora ou algum plano que todos esperam funcionar tão bem na prática quanto na teoria.

Basicamente são essas três coisas necessárias para se haver uma revolução. Se algum de vocês achou que faltou uma quarta colocação, e que essa seria o motivo, eu peço para que revisem alguns livros velhos de história e vejam, com seus próprios olhos, que motivos o homem cria, não sendo algo real e cru mas sim maleável e malicioso.
Chegamos então à próxima parte do nosso texto: quem diabos fala tanta merda e por quê. Dentro de um contexto cultural do Brasil, existem diversos grupos sociais e cada um com sua maneira de pensar e de agir. Se eu vou falar mal de algo, será de exemplos dos quais presenciei, e espero que não pareça generalização. Dentro dessa sociedade livre, onde cada um fala o que quer e age da maneira que bem entende, existem algumas pessoas que sabem aproveitar bem seus direitos, e o fazem no limiar da tolerância: os pixadores. Muitos deles são pessoas ótimas, com idéias boas, pessoas criativas e que querem mostrar algo que nem todo mundo vê. Mas como as laranjas podres nascem do mesmo pé que as maduras, existem alguns que acabam levando a sério demais o conjunto da obra. São pessoas que gritam aos berros coisas do tipo: contra a alienação da mídia, abaixo a globo, enquanto elas mesmas são alienadas em suas idéias sem grandes fundamentos e conhecimentos. São pessoas que se acham esclarecidas, que se acham informadas, que acham que o que sabem basta, e que seu julgamento é único e verdadeiro. Vão ao inferno, antes que eu me esqueça. Não consigo entender como, mas eles acham que tudo o que dizem é verdadeiro e naturalmente prático de ser compreendido. Eles dizem que a revolução esta aí, acontecendo, porém saio na rua e continuo vendo um monte de gente conformada com o que tem, feliz por ter uma vida que melhora de grão em grão, a passos nem tão lentos, infelizes por não ter tempo, e felizes por ter um trabalho que acaba com seu tempo e no final do mês põe comida na mesa. Descontentamento? Existe, mas a ponto de o povo ir pra rua? Nem se multiplicassemos por cem o número de pessoas infelizes e insatisfeitas. Gente assim sonha em viver no passado, sonha em poder ter estado na marcha pelas “diretas já”, e tem sonhos de um dia mudar alguma coisa, fazer alguma diferença. Pobres de conciência, ricos em ignorância. Vocês vão acabar percebendo que tudo o que vocês acham que fazem para concientizar o povo retorna como uma faca apontada para o pescoço de vocês. Usam dialetos que só vocês entendem, coisas que chegam a intimidar, reforçando a visão de que não passam de um bando de marginais, cães ferozes sem um real sentido de fazer, ainda por cima fazendo respingar gotas de preconceito nos graffiteiros, que tem no graffiti uma maneira de dizer o que pensa, e de ganhar um sustento, fazendo o que ama.
Se vocês querem realmente fazer algo pela sociedade, se querem abrir os olhos do povo, ao menos escrevam coisas que o povo entende. Não se achem espertos, por que vocês não são. Se fossem, estariam fazendo na prática o que dizem fazer na teoria ..... e “viva o pixo”? essa deixo para comentar em outra hora.

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Ê, boiada

Trabalho é uma merda. E essa frase, por si só, já devia valer a coluna inteira.

Acontece que a gente mora num país tropical. Sol, mulher, futebol e tudo o que existe de bom nesse mundo. País liberal, bonito, do carnaval e da festa. E mesmo assim eu preciso trabalhar com uma merda duma algema na cabeça. Faz você pensar em até que ponto é só burrice imitar os países da metade fria de nosso planeta. Burrice tem limite. Ou deveria ter, apesar de o mundo infelizmente nos mostrar o contrário inúmeras vezes quase todos os dias.

A coisa chega a um ponto tão absurdo em certos casos - como, por exemplo, obrigar neguinho a usar terno e gravata todo dia num país quente pra caralho do inferno - que eu quase desisto de dar o benefício da dúvida pra inteligência das pessoas. Como se já não bastasse ouvir toda aquela ladainha de "ai, trabalho dignifica a alma", "ai, o homem que não trabalha é inútil, mimimi".

Quer dizer, nego te empurra todo dia aquela ladainha de que o ser humano - especialmente no trabalho - precisa maximizar o seu desempenho e reduzir ao máximo os obstáculos para o bom cumprimento de trabalho. Aí, quando você acha que isso se encaixa como uma luva no seu caso - uma vez que trabalhar agasalhado como um sueco pescando baleias no sol escaldante do Saara brasileiro atrapalha bastante o seu desempenho -, aparece um babaca falando sobre como o vestuário segue um código e sobre como você precisa usar essa merda porque ela passa a imagem de respeito.

O melhor disso tudo? Sexta-feira casual. A empresa babaca decide que na sexta, e SÓ na sexta, você pode ir trabalhar sem se vestir como uma merda dum pinguim. E ainda esperam que você os veja como ultra-liberais bem-humorados e bla bla bla.

Trabalhar é uma merda. O dinheiro é bom. E viva o jogo!

...tumá no cu!

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Perfumes Sociais

Existem duas coisas que você pode distinguir facilmente como fedores da nossa sociedade.
Um deles, é que o nosso mundo fede a dinheiro, e não estou dando uma de Socialista Bolchevique que vai reclamar disso, é apenas um detalhe que todo mundo deve ter percebido: A maior engrenagem do nosso mundo é o dinheiro. Movendo de guerras a opções pessoais.
Todo mundo que tem entre seus 17/20 e pensam em ingressar no ensino superior brasileiro, já deve uma vez na vida ter escutado a brilhante frase ''Você tem que fazer algo que dê dinheiro''. Eu acho isso tremendamente estúpido, como se o dinheiro fosse muito maior que as suas vontades pessoais, todos os seus gostos devessem ter esse intuito: dinheiro.
O que é pior, as pessoas realmente acreditar que para serem felizes eles tem que fazer algo que lhes proporcionem rios de dinheiro. Ou vocês acham que 37 concorrentes por vaga em cursos de medicina em faculdades federais não são uma prova disso? Ou boa parte está lá atrás da bufunfa que vão poder limpar as próprias bundas infelizes, ou mais da metade da população brasileira da noite para o dia começou a amar o fato que cortar pessoas com bisturi e trocar orgãos os faz realmente felizes, e é inevitável comentar que (imagino eu) esse número seja ABSURDAMENTE menor em faculdades particulares (afinal, faculdades particulas fedem a dinheiro).

O segundo fedor mais notável do mundo é a mentira. Todo mundo mente, não me venha como moralista defensor dos bons costumes dizer que mentir é errado e todo mundo devia falar a verdade. Todo mundo mente.
Só que mentira não é algo ruim (nem dinheiro), as pessoas costumam confundir algumas coisas, vejam bem. Toda mentira é seguida de um motivo, maior ou menor, seja aparecer contando algo para seus amiguinhos da igreja algo que você gostaria de ter feito e nunca fez. Seja omitir alguma coisa que você ache relevante que não se torne conhecimento comum, seja o que for, o motivo pelo qual a mentira foi criada é muito mais importante do que a mentira em si. Isso é o que importa, existem graus de mentira, desde as que você pode considerar humanamente ruins e as que são totalmente necessárias para a vida em sociedade. Ou você nunca escondeu sua opinião embaixo de alguma mentira para evitar uma possível briga com seus amigos? Seguindo isso, a super-sinceridade afastaria você de toda a sociedade, seria a sua morte social.
Ainda difícil de entender? Pense assim, se um amigo te perguntar ''Oi, essa é minha namorada, o que achou dela?'', você vai dizer algo como ''Legal ela/Gentil/Parece gente boa'', enquanto lá no fundo do seu subconsciente tu pensou ''Puta gostosa, queria comer ela'', até quando uma amiga sua está se lamentando por ter sido traído pelo namorado ela te pergunta ''O que ela tem que eu não tenho?'' no meio de lágrimas, sua resposta seria ''Nada, ela é uma idiota'', mas experimente responder a verdade ''Ela era mais gostosa e tinha uns puta peitos''. Qual você acha que seria a reação das pessoas ao seu redor ao pronunciar somente a verdade? Mentiras existem, e elas são necessárias muitas vezes.

Apesar de eu ter dito que o mundo fedia a duas coisas, só falei delas para levar ao terceiro ponto: Hipocrisia. É o fedor humano mais difícil de ser notado pois se esconde atrás de opiniões as vezes até verdadeiras. Somente se analisado muito bem você sentirá o seu leve fedor por todos os poros.
Vou citar um exemplo que aconteceu ontem na minha entediante aula de redação. Todo mundo deve saber do maldito caso da menina morta que tem nome de empregada (Eloá), quando minha professora pergunta habilmente ''Quem acha que o tal Limmemberg devia ter se matado?'', para a minha surpresa boa parte dos meus coleguinhas (que na maioria são imbecis) levantaram a mãozinha para o alto como se pedissem justiça social. E minha professora completa com um ''também acho, seria um louco a menos na sociedade''. Não muito longe desse infeliz comentário ela levanta outra questão ''Quem é a favor da pena de morte'', eu esperando uma reação igual a outra pergunta, quase ninguém se manifestou a favor disso. Nem mesmo minha professora com seu infeliz ''Um louco a menos''. Se eu sou o único capaz de enxergar uma linda hipocrisia aqui, procurem um psicólogo.
Hipocrisia é o menos notado dos fedores, disfarçando-se atráves de um suave aroma excitante, que se torna enjoativo se você o perceber demais. Ninguém vai conseguir notá-lo com apenas uma frase, precisa de uma certa análise sobre todas a intenções do orador. Precisa ser encurralado para começar a feder. Como um gambá ameaçado. Hipocrisia é seguido de uma certa forma de mentiras com o motivo aparente ''opinião'' por trás disso. Uma pessoa que já está presa não merece ser morta pois está lá para supostamente ''Recuperar-se'', enquanto o suicídio durante o ato criminoso é uma prática totalmente aceitável.
Eu enxergo isso como acertar um tiro nos próprios testículos.

domingo, 19 de outubro de 2008

Vidas em pétulas

Para deixár-mos um pouco de lado nosso textos de "como odiamos tanto alguma coisa" estou abrindo as portas para a literatura, digamos, artística (e espero que contagie meus colegas de blog a fazerem o mesmo, pelo menos uma vez na vida hehehe) .... boa leitura.

"aquele maltrapilho do parque..."
"expecifique."
"o que falava com as flores."


Vidas em pétulas

Alguns trapos sujos, o que sobrou de um cobertor feito de retalhos, uma barba a fazer de meses e uma história mais dramática que qualquer obra romântica ja feita. Um maltrapilho que vivia de desejos, aparecia no parque, de tempos em tempos, em dias de sol. Realmente ensolarados. Nunca fez nada para chamar atenção, e acabou despertando nos transeuntes uma curiosidade absurda, uma curiosidade que causou cólicas, que então transformou conceitos.

--x--

"Bom dia minhas queridas"
E, óbviamente, não teve respostas.
"Me lembrei que hoje vocês floreceriam, e vim correndo para vê-las lindas, vestidas para uma noite de trajes finos."
"Como vocês estão lindas. Verdadeiras damas"
Ele ja tinha um voz trêmula e muito cansada. De repente, uma Maria-Sem-Vergonha branca lhe olha nos olhos.
"Nos sentimos fervorosas pela sua visita em um dia tão especial"
"Eu sei minha mocinha, por isso vim."
"Deve ter se cançado vindo abaixo desse sol escaldante"
"Não tanto, já me acostumei há anos"
Naquele dia, as onze-horas floresceram pontualmente, as flores amarelas contrastavam com as vermelhas, e o sol não deu descanço, até se pôr, transformando o ambiente, se mostrando ao mendigo, e somente ele contemplava sua amante se encolher no horizonte.

--x--

O inverno sempre foi um inferno. Flores não floresciam, tudo era muito úmido, chovia frequentemente e as cores sumiam das ruas, do lar do homem que conversava com as flores. Eram tempos difíceis, tempos de ossos trêmulos, de lábios escuros e de respiração pesada. O homem comia o pão que o diabo amassou todo dia, porém no inverno tudo era pior. Aqueles meses se resumiram em idas aos hospitais, voltas em ambulâncias e farmácias de póstos de saúde. Sua saúde se definhava dia-após-dia, noite-após-noite.
Em um amanhecer de algum sábado, em algum parque pelo centro da cidade, o maltrapilho havia pulado a cerca do jardim, e estava escorado no tronco de uma grande árvore, com as raízes expostas, grossas, com os galhos secos, e uma fina garoa caía nas suas vestes. Um tempo cinza, de cores moribundas. O chão repleto de grama enxarcada, última esperança da primavera. O céu estava mais claro a algum tempo, e de onde estava, seria enxarcado por raios do sol assim que eles decidissem aparecer.
No chão, ao olhar para o horizonte, uma grande onda de esperança tomou o homem, quando seus olhos viram uma flor que ele nunca havia visto igual, de pétalas delicadas, uma cor viva, algo vivo naquele inverno, de textura adocicada. Seus olhos encheram de lágrimas, e ele se aproximou, deitado no chão, com o peito doído, com o coração explodindo de felicidade.
"Meu anjo, o que faz aqui? fora de uma estufa, de um ambiente quente?"
Não houve resposta. A flor tinha a borda das pétalas moles, debilitadas.
"O que eu posso fazer por você? ahn?"
"Me dê companhia, fique comigo"
"Precisamos tirar você daqui!"
"Não. Nessa curta vida que temos, precisamos aprender a aceitar certas coisas, principalmente as que não tem solução."
O ar já tinha um cheiro de manhã, e no horizonte o céu ja estava claro como o dia.
"O que você quer dizer? me fale minha querida."
"Essa dor no seu peito, ela termina hoje meu amigo."
"O sol esta vindo, ele vai te ajudar."
O maltrapilho passava a manga suja na flor, para tirar toda água e frio que podia.
"Ele veio nos buscar. Veio nos buscar para descansár-mos. É uma honra receber o afeto de tal criatura, tão explendosa, imponente"
"Fale menos, poupe seus esforços."
"Você também meu amigo, poupe esforços, e observe a perfeição de um raiar do sól"
No ponto alto de uma distante montanha, o branco tomava conta do céu, e fazia um degradê de azul até um azul forte, cheio de preto, que abençoava o homem no chão. Seu peito doía cada vez mais.
"Vamos meu amigo, vamos observar o nosso fim, algo que não vai mudar nada no mundo, apenas dois a menos. Precisamos saborear pela última vez o gosto de ter a razão, vamos olhar ao redor, vamos confirmar a degradação disso tudo"
Os olhos do homem percorreram o parque, e ele acabou entendendo o quão ínfima seria sua partida, enquanto algumas pessoas já transitavam pelas ruas. Apressadas.
Os raios de sol banharam sua pele, deixando seus olhos ofuscados. revelando lágrimas que se faziam brilhantes. O calor bateu no seu peito, do lado esquerdo, e fez explodir uma pontada forte. O sol lhe extendeu a mão, e ele a segurou.

Nuno Rosa

sábado, 11 de outubro de 2008

Não se pode querer tudo

Eu cresci ouvindo essa maldita frase. Tinha essa merda martelada na minha cabeça quase todo dia da minha vida. E quase cheguei a acreditar. Era o ensinamento babaca por trás de cada falta de dinheiro, de vontade ou de vergonha na cara dos meus pais. Mas isso é o que menos importa, agora.

O que acontece é que enfiaram na cabeça de todo miserável do mundo não só que tentar sempre fazer o que se quer é errado, mas também que o sofrimento é bonito. Estupidez dupla, vinda lá da puta que pariu, quando dizer isso ainda fazia algum sentido - para os fodedores muito mais que para os fodidos, é claro.

A necessidade de se sofrer corre nas veias mais fundamentais do cristianismo. É o sangue podre que passa pela jugular decrépita desse povo cativo. Deve-se rezar de joelhos, pedir clemência, temer a deus (insisto em escrever com minúscula para fazer doerem as minúsculas e atrofiadas bolas de seus seguidores), pagar promessas e passar por infinitas formas de mortificação (passar horas ou até dias em jejum, se auto-flagelar, subir escadarias gigantes de joelhos ou qualquer babaquice dessas). Coisa que funciona muito bem na Idade Média, por exemplo. Serve pra manter os plebeus na lama e a tua mãe na cama, simplificando bastante a história.

Os hindus, budistas e outros povos trazem algo parecido quando falam de karma. Se você fode alguém hoje, é seu dever se foder amanhã. É o que um bando de velhos punheteiros chamam de "conjunto de deméritos acumulados". Aparentemente, tem algum babaca escondido em algum lugar do universo que tem como única responsabilidade fazer com que todas as fodas terminem ocorrendo por igual. Ou, claro, alguma força misteriosa que faz com que todos os caralhos fodedores se voltem para o cu de seus donos.

...qualquer retardado sabe que o mundo não funciona assim. Se você se fode hoje, provavelmente vai se foder amanhã, e depois, e depois, e não é nenhum hino de nenhum Veda imbecil vai salvar a sua vida. O mundo é sujo, podre e injusto, e falar de Karma ou de Dharma (méritos adquiridos) só soa bonito quando você não está na posição do fodido (ou pelo menos ainda não percebeu que está).

Vejam bem. Muita gente, como São João da Cruz, falou merda, como podemos ver em sua Subida ao Monte Carmelo:

"Procure sempre inclinar-se:
não ao mais fácil, mas ao mais difícil;
não ao mais saboroso, mas ao mais desabrido;
não ao mais gostoso, mas antes ao que dá menos gosto;
não ao que é descanso, mas ao trabalhoso;
não ao que é consolo, se não antes ao desconsolo;
não ao mais, mas sim ao menos;
não ao mais alto e precioso, mas ao mais baixo e desprezível;
não ao que é querer algo, mas a não querer nada;
não andar buscando o melhor das coisas temporais, mas o pior, e desejar entrar em toda desnudez e vazio e pobreza por Cristo
de tudo quanto há no mundo"

Não consigo entender como coisas como essa soam bonitas pra muita gente. O cara diz que você tem que fazer o que você não gosta porque... sim. Se divertir é pecaminoso, feio e cruel, e se foder é lindo bonitinho fofinho maravilhoso. Vão tomar na porra do cu! Ignorância tem um limite, caralho!

Você pode querer tudo. E pode passar sua vida inteira tentando conseguir tudo o que quer. É claro que nem sempre as coisas vão dar certo, mas perceba que existe um abismo gigantesco entre não conseguir tudo e fazer o que não se quer à toa.

Milhões de toneladas de escritos de tudo que é tipo de "sábio" poderiam ser jogado no lixo se alguém prestasse atenção na simplicidade de Aleister Crowley ao dizer que "faça o que quiser é a única lei". Por que se bater com chicote ajoelhado no milho enquanto você pode simplesmente aproveitar a vida?

O culto ao sofrimento me obrigaria a falar de miasma, de castidade, de romantismo, de concurso público e de mais uma caralhada de coisa. Por hoje, basta lembrar a hipocrisia da maioria das religiões do mundo (pelo menos de todas as que cultuam a dor): pra um cristão, ter uma noite de sexo BDSM é um passaporte direto pro inferno, mas sentir as chagas de cristo através de estigmas é uma honra incalculável.

Encolher cabeças é uma heresia sem fim, mas condenar os descrentes em seu deus ao tormento eterno nos poços do inferno é lindo.

Se deus existisse, eu encolheria sua cabeça e usaria no pescoço, como bom Jívaro que sou.

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Morte Social por Ampolas de Adrenalina

Sabe, quando mais você vive como um humano que pensa como um legitimo homem-animal, mais você percebe o quanto o pobre do homem-domesticado-por-suas-próprias criações é estúpido e imbecil.
Imbecilizado por uma sociedade que lhe diz quais ampolas de heróina usar para amenizar toda a sua possível revolta e necessidade por mudanças. Domesticado para pensar no que lhe foi ensinado, como um truque que demora para ser esquecido, e o pior de tudo: Domesticado para não acreditar que foi encoleirado.
Uma sociedade de jovens bitolados demais que pensam que ter um abdômen definido é o supra-sumo da felicidade para se livras das traumáticas e imbecis experiência com espinhas durante toda sua adolescência virginal de uma vida cristã imbecil, aceitando tudo quanto é merda que a sociedade lhe enfiasse garganta abaixo, aprendendo a amar o gosto para ficar viciado em viver em sociedade.
Domesticados pelos nossos próprios meios de defesa, que hoje se colocam acima do homem. A ironia da criação tomando conta do próprio criador. O certo e o errado nos sendo enfiados garganta abaixo por tubos de supressão que sugerem sensação de múltiplos-orgasmos.

A falsa-excitação que uma mudança precisa ser feita. Agite-os e solte-os, nunca pensaram pela própria cabeça para tomar a decisão certa. Moldando pensamentos conforme eles precisem ser aceitos, e serão passados como se fosse o próprio ideal de revolução popular sem a devida análise de interesses internos de poucas pessoas que ditam tudo que devemos fazer. Agite-os e solte-os novamente, atacarão como cães ferozes que foram treinados para destruir tudo , e como recompensa um pouco de ração para satisfazer a sensação de dever cumprido.

Valores artificiais sobrepondo a vontade própria.
Uma sociedade totalmente burra. Que não percebe que foi domesticada.

domingo, 21 de setembro de 2008

Essa merda chamado Amor

Defeito Colateral acaba de entrar em um momento mais .... romântico, digamos. Porém esse texto não se trata de eufemismos baratos que falam sobre o amor etérno, nem ao menos serve como auto-ajuda. Aqui nós vamos fazer um pequeno estudo sobre essa coisa da qual todos nós pensamos ser capazes de fugir, e pela qual todos nós vamos passar diversas vezes na vida.

Não é de hoje que chegamos a essa conclusão. Em um contexto histórico/cultural, amor sempre foi alvo de grandes filosofias e pensamentos. Sócrates pensava que o amor éra o único assunto do qual ele entendia por conhecimento de causa. Platão dizia que o amante buscava no amado alguma idéia, alguma verdade que não possuia ... enfim ... antes de continuarmos, precisamos chegar a mesma conclusão: amor é algo natural e extremamente complicado.

No começo da puberdade, meninos e meninas começam a conhecer algo mais que o amor philos, e começam a sentir atração sexual por pessoas do sexo oposto ( em muitos casos, cada vez mais comuns nos dias de hoje, pelo mesmo sexo também ). Esses primeiros contatos com o amor variam de pessoa para pessoa, porém, não adianta tentar entender o amor nessa fase da vida, por que aqui, em mais do que qualquer outra fase, o amor não é nada além de paixão. Com a chegada da adolescência, na casa dos dezesseis, mais precócemente aos quinze, o amor já não é algo tão impossível, e as consequências disso são traumáticas, por que aqui o amor existe, e aqui as decepções são sempre muito mais turbulentas. Então entramos numa fase mais adulta da vida, onde cada ser humano já deve ter amado alguém pelo menos UMA vez na vida, e já deve ter se decepcionado DIVERSAS vezes nessa mesma e fodida vida.

Vamos a um exemplo, e esse é para cada um dos que entram e lêem esse blog (pfff....não haverá exemplo): Você conhece uma pessoa, vocês se conheceram naquele lugarzinho bacana que tu freqüênta a algum tempo, naquela noite você conversou com essa pessoa, talvez tenha até a levado para cama. Vocês se encontram algumas vezes depois, afinal de contas, os dois gostaram da ultima noite. Vocês se divertem feito coelhos, entre orgasmos, risadas e brincadeiras. Cada um tem seu canto, cada um tem sua privacidade e sua vida. Aparece essa coisa, ela vem por um lado que você não esperava, e não adianta se defender, ela vai entrar em você ( não, não estou falando obscenidades, vocês que pensam sujo ). A pessoa com quem até então você se divertia começa a tomar a forma de algo muito superior, e tu começa a projetar coisas naquela pessoa, pensando consigo mesmo como seria perfeito se isso, se aquilo. O ciúmes aparece, antes você não se importava com o que essa pessoa fazia ou deixava de fazer, mas agora ignorar seria como ter certeza de estar sendo traído ( antigamente seria: quem liga? ). Esse amor Agape começa a se moldar, e uma pequena ponte de interesses é construída entre você e essa pessoa, nesse momento erros são admissíveis, defeitos são reparáveis e sexo é algo maravilhoso, não podendo existir desempenho melhor. Depois de algum tempo aparéce o tão desejado e futuro enjoado “eu te amo”, dito entre beijos e abraços, aqui os erros são admissíveis ( mas só depois de aturar horas de cara emburrada ), defeitos já deveriam estar começando a desaparecer e o sexo continua bom, por mais que você admita que já houve melhores. Depois de um tempo, digamos, um ano e meio, vocês se gostam, vocês conhecem um ao outro, sabem de manias, de gostos de comida, ponto do churrasco “bem passado meu bem?” (reparem que o antigo ‘...meu amor’ é substítuido por ‘meu bem’), conhecem familiares (pessoas excelentes ... eles moram lá, e eu aqui...) e ainda dormem de conchinha. Erros, só se forem novos, por que os velhos são inadmissíveis, defeitos já deveriam ter desaparecido a tempos, eles estão começando a cansar e sexo ... bom, digamos que sua vida sexual vai ficar um pouco mais fria e solitária.

O amor sempre foi motivo de castigos, sempre foi explicação para erros e tragédias. Helena de Tróia foi a última gota d’água que precisava para desencadear uma guerra entre gregos e troianos, Caim amava tanto o irmão, que o deu como sacrifício a Deus, Édipo amava tanto sua mãe a ponto de casar-se com a própria, e ter quatro filhos com ela, até descobrir seu parentesco com a mulher e furar seus olhos como castigo. O amor é culpado de grande parte dos sofrimentos do mundo em que vivemos. Não existe ninguém nesse mundo quem já tenha amado e não tenha saído ferido das garras dessa coisa vil e silenciosa. Essa coisa imprevista que chega quando a gente menos espéra.

Mas não tenham medo de amar pessoas. è maravilhoso. O ruim é que quando amamos esquecemos que tudo tem um fim, e que o sofrimento faz parte da nossa vida, nos faz ver coisas que o amor esconde. Por isso, sejam felizes. Beijem, tranzem, gozem, se divirtam.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

A favor da exclusão digital

Sabe, por mais que você seja um jovem desocupado que passa horas do seu dia na frente de um computador, sem fazer nada e dando F5 na página inicial do orkut, enquanto solta hinos de alegria sobre as maravilhas que o mundo virtual te oferece. Eu sinceramente desejo que você leve uma facada na têmpora.
Veja bem, a internet não é mais uma ferramenta para pesquisa, ou diversão, ou trabalho, talvez não mais só para isso.
Com a banalização da internet por 29,90 mensais com direito a choro por promoções e modem grátis, qualquer pessoa que tenho o fundamental completo (ou incompleto) pode acessar o que antes era assunto somente de nerds que são zoados frequentemente no colégio e que futuramente serão seus chefes enquanto você é um pedreiro.
Não sei se ficou claro porque quis escrever bonito e não consegui, mas partindo para o formal coloquial: Vocês idiotas estragam a internet.
Sim, exatamente isso que você leu, com a famosa inclusão digital, qualquer lixeiro consegue agora acessar sites pôrnos, orkut, e qualquer outra besteira. Certo que não haveria problema algum se eles não infectassem a rede com sites, ou com comunidades idiotas com assuntos imbecis para ver a dona Jurema largar seu sermão semanal sobre como a vida dela melhorou quando encontrou Jesus Cristo dentro de uma seringa de heroína.
Essa imbecilização da internet aqui no Brasil, se deve principalmente ao orkut. Sei que todos vocês tem o seu, agora com direito a buddypoke e todas essas frescuras, mas quantas vezes você já achou um idiota? Receio dizer que ninguém está livre. Se você ainda não se deparou com um imbecil que solta frases do tipo '''kkkkkkkk, ce linucs é de grátis, poq vende em tabakaria''(desculpem, eu realmente não sei escrever como um retardado, mas vocês entenderam) é porque o seu orkut só serve para receber scraps. Parabéns, troféu joinha pra você.
Ou simplesmente ver otácos carentes espremendo toda sua virgindade em frases de ''por favor, alguém me ame ç__Ç'', e coisas desse gênero.
A internet virou um lugar ótimo se você quiser conhecer alguns imbecis e dar algumas risadas. Qualquer um pode fazer qualquer coisa, desde se sentir o máximo porque leu o resumo sobre Karl Marx no wikipédia, e agora se aclama o revolucionário fodão que não é nem um pouco bitolado pela rede Globo, até os burros que 90% do seu tempo virtual se resume a ver sites pornôs enquanto reclama que o computador fica lento e os outros 10% servem para xavecar garotas pelo orkut como um legitimo pedreiro.
Internet tem suas vantagens? Tem sim, mas como todo o problema no mundo, as pessoas estão no meio para estragar tudo. Mas não culpo vocês, sem esse tipo de imbecilidade sinto que meu tempo na frente de um computador seria muito mais entediante do que já é.

A favor da exclusão digital, internet somente para quem tem o segundo grau completo.

Sim, eu não consigo fazer sentido algo nos textos. Mas e dai? Sempre gostei de dadaísmo.

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Pornografia, erotismo, nú artistíco e tudo isso dentro da arte.

Um dos grandes problemas de falar sobre erotismo é que existe uma linha muito fina que dividi pornografia e arte. O nú e o erótico sempre fizeram parte do mundo das artes, até a chegada da idade medieval, quando a igreja controlava com punhos firmes e rédeas curtas os artistas da época, e o renascimento da arte marcou a volta do conteúdo “proibido” para as telas.


Aaron Hawks


O corpo humano é cheio de curvas, marcas únicas, detalhes pessoais, cor, tons, enfim ... o corpo humano é uma boa fonte de beleza para um artista. Explorar o corpo nunca foi proíbido, as antigas casas de banho na grécia proporcionavam sexo livres, os exércitos, em tempos de guerra, organizavam grandes orgias para aliviar a tensão (o tesão) das batalhas, também temos o shunga, que eram os materiais eróticos japoneses do final do primeiro milênio, os mantras e manuscritos indianos sobre prazer sexual e muitos outros, já que sabemos que, se tratando de sexo, o ser humano vai além de todos os limites. O mundo ia muito bem, obrigado, até a ascenção da igreja católica e a listagem da luxúria como um pecado capital, já que se entregar aos prazeres carnais afastava o cristão do caminho espiritual, restando aos tarados as crônicas que os andarilhos contavam em tavernas, sobre grandes orgias e mulheres insaciáveis. O fim da pornografia ocidental se deu com o surgimento da Santa Inquisição, em 1231, que varreu do mapa qualquer santo vestígio de uma perna mal coberta ou de um seio à mostra. Durante os séculos que se seguiram, sentir prazer era proibido, pecaminoso. Sexo se tornou um bem cada vez menos praticado, e não resistir a essas tentações era tão grave quanto cuspir em uma cruz. Só a partir do século 15 é que alguém ousou pintar um nú novamente, como o clássico “O nascimento de Vênus” de Botticcelli. O problema é que essa tolerância renascenista não durou muito tempo, e a igreja apertou as rédeas da censura novamente, sendo, somente no século 18, que o assunto voltou a ser debatido, com o surgimento de alguns clubes libertinos e autores subversivos, que discutiam a moralidade falsa da igreja. Sem nem comentarmos sobre os clubes secretos que promoviam leituras de textos eróticos, e que acabavam em orgias, vamos passar para outro tema do texto: o que separa tudo isso?


Martin Kovalik



Mas o que distingue pornografia, erotismo e nú artístico? Qual a chave que difére esses assuntos, que parecem estar tão próximos um do outro? Uma grande maioria gosta de dizer que é o fomento que a obra dá ao espectador, e o meio no qual a obra se difunde. Qual a diferença entre uma playboy e as fotos de Jörg Riethausen se as duas apresentam o mesmo material? A playboy tem um objetivo pornográfico, enquanto as fotos de Jörg tem um objetivo erógeno, e é aqui que a linha que difere um do outro se afina. Se colocássemos uma foto da playboy em um museu, ela seria arte? Se fizéssemos uma revista com fótos eróticas, teriamos um material pornográfico? Perguntas que somente o sistema das artes pode responder, mas eu sei o que diriam, e eles diriam: “sim! Se uma foto da playboy for parar em um museu, ela vai ser arte, mas já que nenhum curador de museu vai pôr uma foto da revista nas suas galerias, podemos dizer que playboy é material pornográfico, que auxilia meninos na hora do (tosse forte) enquanto Jörg, Aaron Hawks, Martin Kovalik e os outros artistas merecem estar onde estão”, e eles diriam isso com um sorriso no rosto, por que eles sabem que são eles que mandam no mundo das artes acima de todos.

A partir da minha opinião pessoal, eu os classifico assim:

- Pornografia: vendido em bancas de jornais, onde o grande público tem acesso mais fácil e rápido. Tem um objetivo prático e não nos faz pensar em nada que não seja meramente ... meramente pornográfico. O tesão e o desejo está intimamente ligado à pornografia.

- Erotismo: encontrado em galerias e portfólios pessoais de artistas admiradores da beleza e da sensualidade humana. Sensual é algo que chama atenção pela sua beleza, e não pelo nú em sí. A sensualidade é algo moldável e muito variada, e tem um objetivo mais estético, onde aspectos subjetivos estão mais presentes.

- Nú artistico: o nú artístico é livre de qualquer desejo ou sensualidade. O nú artístico é um nú onde o corpo é nada mais que um exemplo, um objeto qualquer, sem predispostos nem esforços. Esse material carrega uma beleza puramente estética.


E para os tarados de plantão, alguns sites com materiais bem interessantes:

http://fototest.czweb.org/ (Martin Kovalik)

http://www.mrhawks.com/index2.php?v=v1 (Martin Hawks)

http://www.riethausen.de/index.html (Jörg Riethausen)


domingo, 7 de setembro de 2008

Dependência e Morte

Sete de Setembro. O dia verde e amarelo. Bandeirinhas tremulam alegres pelas ruas e aquele sentimento de brasilidade toma conta da população. Ou pelo menos é o que se esperava - e, graças aos diabos, não é assim.

O sarcasmo contido nesse dia é simplesmente adorável. Carros dos Porcos da Ditadura desfilam pelas ruas como se fossem o que restou da arte de um período áureo da história do Brasil, e um monte de imbecis apreciam o maldito do desfile: o homem do nariz quebrado cultuando a bota que chutou sua cara.

Mas o que mais me alegra no dia da independência é ver a ironia presente nos próprios cidadãos, e não na demonstração de glória dos milicos. Basta olhar os fatos.

Em primeiro lugar, nós supostamente comemoramos a independência da coroa portuguesa. O que não passa de um passo pra TRÁS, na verdade. Fala-se como se o Brasil tivesse passado de colônia submissa a super potência independente, contestadora e auto-suficiente. Balela. O Brasil se tornou o centro do império quando D. João VI e sua família feliz correram como mocinhas do baixinho Bonaparte. Passar de império a país "emergente" não me parece um progresso muito grande. Quanto à ordem, creio que eu nem precise falar. Justiça bagunçada e lenta. Policiamento feito por milícias populares, com o apoio de agentes governamentais corruptos. Verba de impostos que nunca chegam ao seu destino. Diferenças sociais abissais entre as regiões do país.

Que graça de lema na nossa bandeira. Deviam mudar de vez pra "Brasil, um país de todos", mesmo. País de ingleses, franceses, alemães e por aí vai.

Vocês todos são a verdadeira nação zumbi, preferindo que os outros decidam a sua vida enquanto passam seus dias apáticos como patricinhas pré-adolescentes em aula de matemática. E ainda querem comemorar independência, sendo dependentes como bebês.

É por isso que eu sou fã incondicional de todos vocês, malditos. Vocês conseguem ser extremamente sarcásticos de um modo tão sutil que nem vocês percebem.

God bless South America.

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Adoro Besteiras

Responda-me: Porque você levanta todos os dias? Diga-me o que te motiva?
''Ai porque tenho que estudar''
''Tenho que trabalhar, lógico''
Mas isso não seria o que você faz sempre? Não é um motivo, uma razão.
Vocês já perceberam que não há sentido nisso?
Perceberam que tudo é um eterno vazio sem o menor sentido?

Claro, você pode ser um crente pensando para si mesmo que é tudo um plano divino comandado por um ser superior idiota que tem um plano para sua vida.

Mentira novamente, porque você não acredita nisso, isso é o que você quer acreditar.
Já experimentou abrir os olhos e exergar além do que a sociedade lhe diz ser certo?
Já experimentou questionar suas crenças judaico-cristãs para ver se elas realmente fazem algum sentido?

Mentira, você nunca fez isso.

Você já tentou enxergar a realidade como ela é, exergar os padrões, enxergar explicações práticas para a vida das pessoas a sua volta?

Mentira novamente, você está preocupado demais com sua própria vida para pensar em algo mais profundo.

Imagine o seguinte, você vê a vida como se fosse um espelho.
A única coisa que consegue enxergar é o reflexo de sua própria ignorância.
Mas, tente enxergar um pouco mais de perto, o que você vê?

Você continua não vendo nada, apenas, o seu reflexo?

Existem coisas por debaixo das coisas, existem razões, existem padrões, existem explicações.
Mas ninguém nunca se preocupou em entende-las e questiona-las, apenas ver o que te motiva. Ou a conta no final do mês.

Enxergue além! Veja o mundo como ele realmente é no espelho, agonizante, um ótimo show, e bom para se dar algumas risadas eu acho.

Quer uma dica de quem olhou demais para o espelho?
Ótimo, continue vendo seu reflexo.
Porque se você experimentar polir esse espelho, você começará a ver as coisas como são por debaixo das pedras, atrás de cada sombra.
Mas você não enxergaria mais a você mesmo.

Quer a verdade?
Você não quer?
Você pode voltar atrás e não ler o que vou dizer a seguir, ou pode ler e ignorar(faz bem em fazer isso).

Não há verdades, não há respostas
É simples assim, quanto mais pedras você achar para o quebra cabeças, menos elas vão se encaixar, menos sentido elas vão fazer.
E agora?
É só escolher, quanto mais refletir sobre esse assunto, chegará a conclusão que não existem respostas(a menos que você escolha uma resposta definitiva para algo, e ignore as perguntas seguintes)
Cheguei a conclusão que não existem respostas, somente mais perguntas.
Você acha que está em busca de verdades ocultas. mas você nunca encontrará a verdade.

Cada sombra só faz esconder mais sombras.

quinta-feira, 31 de julho de 2008

Deuses

Como os deuses morrem? E quando morrem o que acontece com eles então?
Você pode também perguntar: como os deuses nascem? Todas as três questões são na verdade a mesma. E todas elas têm uma suposição comum: a de que é mais dificil a humanidade viver sem deuses do que você se matar prendendo a respiração.
(É claro, você pode ser do tipo racionalista arrogante que resmunga que o homem moderno finalmente se libertou da antiga servidão à superstição, à fantasia e à veneração. Se for o caso, fecha esse blog, volte imediatamente para o orkut e fique tentando procurar comunidades sobre coisas que acontecem na sua vida. E, aliás, não se incomode em ler Shakespeare, Homero, Faulkner, ou, no que se refere a isso.)
Nós precisamos de deuses - Thor, Zeus, Krishna, Jesus ou bem, Deus - nem tanto para adorá-lo ou nos sacrificarmos por eles, mas porque eles satisfazem nossa necessidade - diferente daquela de todos os outros animais - de imaginar um significado, um sentido para nossas vidas, para satisfazer nossa ânsia por acreditar que a confusão e o caos da existência cotidiana, afinal, realmente levam a algum lugar. É a origem da religião e também da arte de contar histórias - ou não são elas a mesma coisa? Como disse Voltaire a respeito de Deus: se ele não existisse, seria preciso inventá-lo.
Há apenas dois mundos - o seu mundo, o que é o mundo real, e outros mundos , a fantasia. Mundos como este último são mundos da imaginação humana: a realidade, ou a falta dela, não é importante. O importante é que eles estão lá. Esses mundo proporcionam uma alternativa. Proporcionam uma fuga. Proporcionam uma ameaça. Proporcionam sonhos e força. Proporcionam refúgio e dor. Eles dão significado ao seu mundo. Eles não existem, então são tudo o que importa. Você entende?.

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Hahaha

Proibido estacionar emos e emas

Só isso vale mais que mil Dercys mortas.

Que isso sirva de exemplo para essa país tupiniquim, que em vez de criar leis decentes como essa, prefere proibir downloads/uso ilegal de FRASES/qualquer outra porcaria que seja entendido como pirataria.

Agora, como eu adoraria ser um policial Russo.

segunda-feira, 7 de julho de 2008

5 hits combo.

Tiras novas não vistas em nenhum outro lugar da internet....ainda. A concorrência sempre posta de maneira que chame mais gente, e sempre demora. Enfim, combo com 5 tiras.

NOME DA IMAGEM

NOME DA IMAGEM

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NOME DA IMAGEM

NOME DA IMAGEM

Tiras por Capitão Piratão (Ou Malk).
Algum dia eu convenço o puto a postar aqui.

terça-feira, 1 de julho de 2008

Monotonia Divina

Enquanto milhões de pessoas ficam pensando sobre as maravilhas que Deus criou na terra, tudo de bom que ele fez por nós e todas essas outras babaquices que cristãos em geral devem pensar. Ninguém, ou pelo menos, não muitos, devem pensar no quanto é chato possuir um status divino como do nosso senhor bom Deus. Vejam isso não como um texto de um ateu criticando Deus, vejam isso como algo verdadeiro.

Parem para pensar, Deus é um ser solitário e perfeito. Não seria pois, de uma mente solitária que tudo pode, a idéia de criar seres imperfeitos e jogar em um pedaço de terra finito no meio de um espaço tão infinito quanto sua mente patética possa imaginar. Não seriamos muito diferentes daquelas fazendas de formigas que tantos já devem ter imaginado. Algo o qual não se pode brincar, somente ficar apreciando enquanto elas trabalham, morrem, reproduzem-se e obedecem a um ser superior que dita suas vidas e profissões. Deus seria como a formiga-rainha. Dele se derivou tudo, e o único trabalho que ele tem é ficar sentado dando um norte para as outras formigas enquanto arrota vários ovos para nascerem mais formiguinhas.
Não, ele não seria a Rainha. Isso seriam nossos governantes que apenas se importam em comer e ganhar em cima de um bem coletivo de proletáriados.
Deus seria o dono qual que observa a fazenda incansavelmente, esperando algum acontecimento totalmente inovador e inesperado. E jogando uma folha de grama vez que outra, até achar isso estupido e apagar todo e qualquer sinal da ajuda divina.

Não teria graça fazer uma raça igualmente perfeita ao criador. A monotonia continuaria. Podemos ao menos ver as formigas se matando, quando a fazenda ficar grande e cheia o suficiente de formigas, para que algumas mudanças fisiologicas aparecam, para quando alguma outra rainha impor sua supremacia sobre a outra, e tudo virar uma bela e maravilhosa guerra onde nada se entende, parecido com a televisão com chuviscos pretos e brancos. Imperfeitos e falhos, o tédio continua. Deus é perfeito o suficiente para saber quando nós vamos fazer algum erro que marcara com um nome a história, então o tédio e monotonia continuam, como um brinquedo que é inovador quando você ganha, e perde a graça se não logo em seguida, semanas depois. E fica abandonado ser saber realmente da sua própria existência em meio a tantos outros brinquedos criados antes que não tem serventia , até onde os olhos com lentes conseguirem enchergar e não encontrar mais nada que tenha vida. Nenhum sinal, apenas o vazio da caixa preta. Consumindo-se com o passar do tempo até a inevitável morte.


Somos apenas o porre do fim de semana, o vomito que vai para o vaso e é jogado descarga abaixo como um filho indesejado, a graça estava no começo da beberragem, quando isso passa, a única coisa que resta é a interminável dor de cabeça pela cagada que fez. E o vomito descarga abaixo.

Realmente solitário estar parado em limites perfeitos, onde nada pode mudar, tudo segue sua rotina e nada é inovador.
É, deve ser chato ser Deus.

domingo, 22 de junho de 2008

Primeira

NOME DA IMAGEM

Tira por Thork/Malk/Capitão Piratão

EDIT: Para entender melhor a piada, aconselho a olhar algumas tiras mais antigas aqui.

domingo, 15 de junho de 2008

O início

Eu não esperava mais ter que criar um blog para ter que escrever, mas vejo-me agora tão viciado em escrever qualquer bobagem em algum lugar para publicar que acabei criando OUTRO desses blogs pré-prontos para colocar qualquer tipo de besteira que me vier a mente.
Sim, esse não é o primeiro, é o terceiro, o primeiro era baseado em uma mente infantil que eu tinha na época, então nunca saiu nada que realmente prestasse lá. O segundo até teve uma importância maior, afinal, alguns contos escrevi por lá, e mais algumas porcarias que me orgulho. Mas, preferi não continuar com ele, porque? Ora, é outra época, coisas diferentes acontecem, e bom, vontade de começar tudo do zero. Já que, aquele blog tinha como principio escrever outros tipos de texto, que provavelmente não serão os mesmos que neste. Ou sim, tanto faz, vou escrever o que eu quiser. E ah, não vou colocar link dos antigos.

Mas bom, o que eu pretendo postar aqui? Tudo e nada, peguei mais gosto por escrever depois que passei um tempo no censurado, então como um ''projeto'' que tenho ainda vai demorar pra caralho pra sair, fico com isso daqui mesmo, ninguém vai ler mesmo haha.
Sim, não farei propaganda de nenhum site ou de qualquer outra coisa aqui. Se eu conseguir leitores vai ser por curiosidade deles, não quero fazer minha vida em torno de um blog por causa das visitas que ele recebe, e sim, pelo puro gosto de escrever.

Aliás, vou ver se consigo trazer as tiras de um amigo para cá, assim qualquer leitor vai poder se divertir com outras coisas, quando eu estiver com preguiça de escrever. Pretendo começar de maneira ousada para a minha preguiça: um texto por semana, sobre qualquer coisa que eu queira escrever. Se vai agradar alguém ou não, não me importa. Aliás, vocês que se fodam.

E procuro alguém que saiba fazer template/layout/sejá lá o que for pra blog. Ficar com esse padrão é chato.

Bandidos SANGUINÁRIOS