''Negar aquilo que é Absoluto. Negar o Certo e o Errado. Além do Bem e do Mal. Afundar Teorias. Leis. Regras. Destruir o Muro da Realidade. Quebrar os tijolos da Verdade. Obedecer a uma Lei única. A Lei da vontade própria. E assim eu faço a vida. A Liberdade. Eis é a chave da Vida. Uma vida plena de verdade.''

domingo, 7 de setembro de 2008

Dependência e Morte

Sete de Setembro. O dia verde e amarelo. Bandeirinhas tremulam alegres pelas ruas e aquele sentimento de brasilidade toma conta da população. Ou pelo menos é o que se esperava - e, graças aos diabos, não é assim.

O sarcasmo contido nesse dia é simplesmente adorável. Carros dos Porcos da Ditadura desfilam pelas ruas como se fossem o que restou da arte de um período áureo da história do Brasil, e um monte de imbecis apreciam o maldito do desfile: o homem do nariz quebrado cultuando a bota que chutou sua cara.

Mas o que mais me alegra no dia da independência é ver a ironia presente nos próprios cidadãos, e não na demonstração de glória dos milicos. Basta olhar os fatos.

Em primeiro lugar, nós supostamente comemoramos a independência da coroa portuguesa. O que não passa de um passo pra TRÁS, na verdade. Fala-se como se o Brasil tivesse passado de colônia submissa a super potência independente, contestadora e auto-suficiente. Balela. O Brasil se tornou o centro do império quando D. João VI e sua família feliz correram como mocinhas do baixinho Bonaparte. Passar de império a país "emergente" não me parece um progresso muito grande. Quanto à ordem, creio que eu nem precise falar. Justiça bagunçada e lenta. Policiamento feito por milícias populares, com o apoio de agentes governamentais corruptos. Verba de impostos que nunca chegam ao seu destino. Diferenças sociais abissais entre as regiões do país.

Que graça de lema na nossa bandeira. Deviam mudar de vez pra "Brasil, um país de todos", mesmo. País de ingleses, franceses, alemães e por aí vai.

Vocês todos são a verdadeira nação zumbi, preferindo que os outros decidam a sua vida enquanto passam seus dias apáticos como patricinhas pré-adolescentes em aula de matemática. E ainda querem comemorar independência, sendo dependentes como bebês.

É por isso que eu sou fã incondicional de todos vocês, malditos. Vocês conseguem ser extremamente sarcásticos de um modo tão sutil que nem vocês percebem.

God bless South America.

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Bandidos SANGUINÁRIOS