''Negar aquilo que é Absoluto. Negar o Certo e o Errado. Além do Bem e do Mal. Afundar Teorias. Leis. Regras. Destruir o Muro da Realidade. Quebrar os tijolos da Verdade. Obedecer a uma Lei única. A Lei da vontade própria. E assim eu faço a vida. A Liberdade. Eis é a chave da Vida. Uma vida plena de verdade.''

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Morte Social por Ampolas de Adrenalina

Sabe, quando mais você vive como um humano que pensa como um legitimo homem-animal, mais você percebe o quanto o pobre do homem-domesticado-por-suas-próprias criações é estúpido e imbecil.
Imbecilizado por uma sociedade que lhe diz quais ampolas de heróina usar para amenizar toda a sua possível revolta e necessidade por mudanças. Domesticado para pensar no que lhe foi ensinado, como um truque que demora para ser esquecido, e o pior de tudo: Domesticado para não acreditar que foi encoleirado.
Uma sociedade de jovens bitolados demais que pensam que ter um abdômen definido é o supra-sumo da felicidade para se livras das traumáticas e imbecis experiência com espinhas durante toda sua adolescência virginal de uma vida cristã imbecil, aceitando tudo quanto é merda que a sociedade lhe enfiasse garganta abaixo, aprendendo a amar o gosto para ficar viciado em viver em sociedade.
Domesticados pelos nossos próprios meios de defesa, que hoje se colocam acima do homem. A ironia da criação tomando conta do próprio criador. O certo e o errado nos sendo enfiados garganta abaixo por tubos de supressão que sugerem sensação de múltiplos-orgasmos.

A falsa-excitação que uma mudança precisa ser feita. Agite-os e solte-os, nunca pensaram pela própria cabeça para tomar a decisão certa. Moldando pensamentos conforme eles precisem ser aceitos, e serão passados como se fosse o próprio ideal de revolução popular sem a devida análise de interesses internos de poucas pessoas que ditam tudo que devemos fazer. Agite-os e solte-os novamente, atacarão como cães ferozes que foram treinados para destruir tudo , e como recompensa um pouco de ração para satisfazer a sensação de dever cumprido.

Valores artificiais sobrepondo a vontade própria.
Uma sociedade totalmente burra. Que não percebe que foi domesticada.

domingo, 21 de setembro de 2008

Essa merda chamado Amor

Defeito Colateral acaba de entrar em um momento mais .... romântico, digamos. Porém esse texto não se trata de eufemismos baratos que falam sobre o amor etérno, nem ao menos serve como auto-ajuda. Aqui nós vamos fazer um pequeno estudo sobre essa coisa da qual todos nós pensamos ser capazes de fugir, e pela qual todos nós vamos passar diversas vezes na vida.

Não é de hoje que chegamos a essa conclusão. Em um contexto histórico/cultural, amor sempre foi alvo de grandes filosofias e pensamentos. Sócrates pensava que o amor éra o único assunto do qual ele entendia por conhecimento de causa. Platão dizia que o amante buscava no amado alguma idéia, alguma verdade que não possuia ... enfim ... antes de continuarmos, precisamos chegar a mesma conclusão: amor é algo natural e extremamente complicado.

No começo da puberdade, meninos e meninas começam a conhecer algo mais que o amor philos, e começam a sentir atração sexual por pessoas do sexo oposto ( em muitos casos, cada vez mais comuns nos dias de hoje, pelo mesmo sexo também ). Esses primeiros contatos com o amor variam de pessoa para pessoa, porém, não adianta tentar entender o amor nessa fase da vida, por que aqui, em mais do que qualquer outra fase, o amor não é nada além de paixão. Com a chegada da adolescência, na casa dos dezesseis, mais precócemente aos quinze, o amor já não é algo tão impossível, e as consequências disso são traumáticas, por que aqui o amor existe, e aqui as decepções são sempre muito mais turbulentas. Então entramos numa fase mais adulta da vida, onde cada ser humano já deve ter amado alguém pelo menos UMA vez na vida, e já deve ter se decepcionado DIVERSAS vezes nessa mesma e fodida vida.

Vamos a um exemplo, e esse é para cada um dos que entram e lêem esse blog (pfff....não haverá exemplo): Você conhece uma pessoa, vocês se conheceram naquele lugarzinho bacana que tu freqüênta a algum tempo, naquela noite você conversou com essa pessoa, talvez tenha até a levado para cama. Vocês se encontram algumas vezes depois, afinal de contas, os dois gostaram da ultima noite. Vocês se divertem feito coelhos, entre orgasmos, risadas e brincadeiras. Cada um tem seu canto, cada um tem sua privacidade e sua vida. Aparece essa coisa, ela vem por um lado que você não esperava, e não adianta se defender, ela vai entrar em você ( não, não estou falando obscenidades, vocês que pensam sujo ). A pessoa com quem até então você se divertia começa a tomar a forma de algo muito superior, e tu começa a projetar coisas naquela pessoa, pensando consigo mesmo como seria perfeito se isso, se aquilo. O ciúmes aparece, antes você não se importava com o que essa pessoa fazia ou deixava de fazer, mas agora ignorar seria como ter certeza de estar sendo traído ( antigamente seria: quem liga? ). Esse amor Agape começa a se moldar, e uma pequena ponte de interesses é construída entre você e essa pessoa, nesse momento erros são admissíveis, defeitos são reparáveis e sexo é algo maravilhoso, não podendo existir desempenho melhor. Depois de algum tempo aparéce o tão desejado e futuro enjoado “eu te amo”, dito entre beijos e abraços, aqui os erros são admissíveis ( mas só depois de aturar horas de cara emburrada ), defeitos já deveriam estar começando a desaparecer e o sexo continua bom, por mais que você admita que já houve melhores. Depois de um tempo, digamos, um ano e meio, vocês se gostam, vocês conhecem um ao outro, sabem de manias, de gostos de comida, ponto do churrasco “bem passado meu bem?” (reparem que o antigo ‘...meu amor’ é substítuido por ‘meu bem’), conhecem familiares (pessoas excelentes ... eles moram lá, e eu aqui...) e ainda dormem de conchinha. Erros, só se forem novos, por que os velhos são inadmissíveis, defeitos já deveriam ter desaparecido a tempos, eles estão começando a cansar e sexo ... bom, digamos que sua vida sexual vai ficar um pouco mais fria e solitária.

O amor sempre foi motivo de castigos, sempre foi explicação para erros e tragédias. Helena de Tróia foi a última gota d’água que precisava para desencadear uma guerra entre gregos e troianos, Caim amava tanto o irmão, que o deu como sacrifício a Deus, Édipo amava tanto sua mãe a ponto de casar-se com a própria, e ter quatro filhos com ela, até descobrir seu parentesco com a mulher e furar seus olhos como castigo. O amor é culpado de grande parte dos sofrimentos do mundo em que vivemos. Não existe ninguém nesse mundo quem já tenha amado e não tenha saído ferido das garras dessa coisa vil e silenciosa. Essa coisa imprevista que chega quando a gente menos espéra.

Mas não tenham medo de amar pessoas. è maravilhoso. O ruim é que quando amamos esquecemos que tudo tem um fim, e que o sofrimento faz parte da nossa vida, nos faz ver coisas que o amor esconde. Por isso, sejam felizes. Beijem, tranzem, gozem, se divirtam.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

A favor da exclusão digital

Sabe, por mais que você seja um jovem desocupado que passa horas do seu dia na frente de um computador, sem fazer nada e dando F5 na página inicial do orkut, enquanto solta hinos de alegria sobre as maravilhas que o mundo virtual te oferece. Eu sinceramente desejo que você leve uma facada na têmpora.
Veja bem, a internet não é mais uma ferramenta para pesquisa, ou diversão, ou trabalho, talvez não mais só para isso.
Com a banalização da internet por 29,90 mensais com direito a choro por promoções e modem grátis, qualquer pessoa que tenho o fundamental completo (ou incompleto) pode acessar o que antes era assunto somente de nerds que são zoados frequentemente no colégio e que futuramente serão seus chefes enquanto você é um pedreiro.
Não sei se ficou claro porque quis escrever bonito e não consegui, mas partindo para o formal coloquial: Vocês idiotas estragam a internet.
Sim, exatamente isso que você leu, com a famosa inclusão digital, qualquer lixeiro consegue agora acessar sites pôrnos, orkut, e qualquer outra besteira. Certo que não haveria problema algum se eles não infectassem a rede com sites, ou com comunidades idiotas com assuntos imbecis para ver a dona Jurema largar seu sermão semanal sobre como a vida dela melhorou quando encontrou Jesus Cristo dentro de uma seringa de heroína.
Essa imbecilização da internet aqui no Brasil, se deve principalmente ao orkut. Sei que todos vocês tem o seu, agora com direito a buddypoke e todas essas frescuras, mas quantas vezes você já achou um idiota? Receio dizer que ninguém está livre. Se você ainda não se deparou com um imbecil que solta frases do tipo '''kkkkkkkk, ce linucs é de grátis, poq vende em tabakaria''(desculpem, eu realmente não sei escrever como um retardado, mas vocês entenderam) é porque o seu orkut só serve para receber scraps. Parabéns, troféu joinha pra você.
Ou simplesmente ver otácos carentes espremendo toda sua virgindade em frases de ''por favor, alguém me ame ç__Ç'', e coisas desse gênero.
A internet virou um lugar ótimo se você quiser conhecer alguns imbecis e dar algumas risadas. Qualquer um pode fazer qualquer coisa, desde se sentir o máximo porque leu o resumo sobre Karl Marx no wikipédia, e agora se aclama o revolucionário fodão que não é nem um pouco bitolado pela rede Globo, até os burros que 90% do seu tempo virtual se resume a ver sites pornôs enquanto reclama que o computador fica lento e os outros 10% servem para xavecar garotas pelo orkut como um legitimo pedreiro.
Internet tem suas vantagens? Tem sim, mas como todo o problema no mundo, as pessoas estão no meio para estragar tudo. Mas não culpo vocês, sem esse tipo de imbecilidade sinto que meu tempo na frente de um computador seria muito mais entediante do que já é.

A favor da exclusão digital, internet somente para quem tem o segundo grau completo.

Sim, eu não consigo fazer sentido algo nos textos. Mas e dai? Sempre gostei de dadaísmo.

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Pornografia, erotismo, nú artistíco e tudo isso dentro da arte.

Um dos grandes problemas de falar sobre erotismo é que existe uma linha muito fina que dividi pornografia e arte. O nú e o erótico sempre fizeram parte do mundo das artes, até a chegada da idade medieval, quando a igreja controlava com punhos firmes e rédeas curtas os artistas da época, e o renascimento da arte marcou a volta do conteúdo “proibido” para as telas.


Aaron Hawks


O corpo humano é cheio de curvas, marcas únicas, detalhes pessoais, cor, tons, enfim ... o corpo humano é uma boa fonte de beleza para um artista. Explorar o corpo nunca foi proíbido, as antigas casas de banho na grécia proporcionavam sexo livres, os exércitos, em tempos de guerra, organizavam grandes orgias para aliviar a tensão (o tesão) das batalhas, também temos o shunga, que eram os materiais eróticos japoneses do final do primeiro milênio, os mantras e manuscritos indianos sobre prazer sexual e muitos outros, já que sabemos que, se tratando de sexo, o ser humano vai além de todos os limites. O mundo ia muito bem, obrigado, até a ascenção da igreja católica e a listagem da luxúria como um pecado capital, já que se entregar aos prazeres carnais afastava o cristão do caminho espiritual, restando aos tarados as crônicas que os andarilhos contavam em tavernas, sobre grandes orgias e mulheres insaciáveis. O fim da pornografia ocidental se deu com o surgimento da Santa Inquisição, em 1231, que varreu do mapa qualquer santo vestígio de uma perna mal coberta ou de um seio à mostra. Durante os séculos que se seguiram, sentir prazer era proibido, pecaminoso. Sexo se tornou um bem cada vez menos praticado, e não resistir a essas tentações era tão grave quanto cuspir em uma cruz. Só a partir do século 15 é que alguém ousou pintar um nú novamente, como o clássico “O nascimento de Vênus” de Botticcelli. O problema é que essa tolerância renascenista não durou muito tempo, e a igreja apertou as rédeas da censura novamente, sendo, somente no século 18, que o assunto voltou a ser debatido, com o surgimento de alguns clubes libertinos e autores subversivos, que discutiam a moralidade falsa da igreja. Sem nem comentarmos sobre os clubes secretos que promoviam leituras de textos eróticos, e que acabavam em orgias, vamos passar para outro tema do texto: o que separa tudo isso?


Martin Kovalik



Mas o que distingue pornografia, erotismo e nú artístico? Qual a chave que difére esses assuntos, que parecem estar tão próximos um do outro? Uma grande maioria gosta de dizer que é o fomento que a obra dá ao espectador, e o meio no qual a obra se difunde. Qual a diferença entre uma playboy e as fotos de Jörg Riethausen se as duas apresentam o mesmo material? A playboy tem um objetivo pornográfico, enquanto as fotos de Jörg tem um objetivo erógeno, e é aqui que a linha que difere um do outro se afina. Se colocássemos uma foto da playboy em um museu, ela seria arte? Se fizéssemos uma revista com fótos eróticas, teriamos um material pornográfico? Perguntas que somente o sistema das artes pode responder, mas eu sei o que diriam, e eles diriam: “sim! Se uma foto da playboy for parar em um museu, ela vai ser arte, mas já que nenhum curador de museu vai pôr uma foto da revista nas suas galerias, podemos dizer que playboy é material pornográfico, que auxilia meninos na hora do (tosse forte) enquanto Jörg, Aaron Hawks, Martin Kovalik e os outros artistas merecem estar onde estão”, e eles diriam isso com um sorriso no rosto, por que eles sabem que são eles que mandam no mundo das artes acima de todos.

A partir da minha opinião pessoal, eu os classifico assim:

- Pornografia: vendido em bancas de jornais, onde o grande público tem acesso mais fácil e rápido. Tem um objetivo prático e não nos faz pensar em nada que não seja meramente ... meramente pornográfico. O tesão e o desejo está intimamente ligado à pornografia.

- Erotismo: encontrado em galerias e portfólios pessoais de artistas admiradores da beleza e da sensualidade humana. Sensual é algo que chama atenção pela sua beleza, e não pelo nú em sí. A sensualidade é algo moldável e muito variada, e tem um objetivo mais estético, onde aspectos subjetivos estão mais presentes.

- Nú artistico: o nú artístico é livre de qualquer desejo ou sensualidade. O nú artístico é um nú onde o corpo é nada mais que um exemplo, um objeto qualquer, sem predispostos nem esforços. Esse material carrega uma beleza puramente estética.


E para os tarados de plantão, alguns sites com materiais bem interessantes:

http://fototest.czweb.org/ (Martin Kovalik)

http://www.mrhawks.com/index2.php?v=v1 (Martin Hawks)

http://www.riethausen.de/index.html (Jörg Riethausen)


domingo, 7 de setembro de 2008

Dependência e Morte

Sete de Setembro. O dia verde e amarelo. Bandeirinhas tremulam alegres pelas ruas e aquele sentimento de brasilidade toma conta da população. Ou pelo menos é o que se esperava - e, graças aos diabos, não é assim.

O sarcasmo contido nesse dia é simplesmente adorável. Carros dos Porcos da Ditadura desfilam pelas ruas como se fossem o que restou da arte de um período áureo da história do Brasil, e um monte de imbecis apreciam o maldito do desfile: o homem do nariz quebrado cultuando a bota que chutou sua cara.

Mas o que mais me alegra no dia da independência é ver a ironia presente nos próprios cidadãos, e não na demonstração de glória dos milicos. Basta olhar os fatos.

Em primeiro lugar, nós supostamente comemoramos a independência da coroa portuguesa. O que não passa de um passo pra TRÁS, na verdade. Fala-se como se o Brasil tivesse passado de colônia submissa a super potência independente, contestadora e auto-suficiente. Balela. O Brasil se tornou o centro do império quando D. João VI e sua família feliz correram como mocinhas do baixinho Bonaparte. Passar de império a país "emergente" não me parece um progresso muito grande. Quanto à ordem, creio que eu nem precise falar. Justiça bagunçada e lenta. Policiamento feito por milícias populares, com o apoio de agentes governamentais corruptos. Verba de impostos que nunca chegam ao seu destino. Diferenças sociais abissais entre as regiões do país.

Que graça de lema na nossa bandeira. Deviam mudar de vez pra "Brasil, um país de todos", mesmo. País de ingleses, franceses, alemães e por aí vai.

Vocês todos são a verdadeira nação zumbi, preferindo que os outros decidam a sua vida enquanto passam seus dias apáticos como patricinhas pré-adolescentes em aula de matemática. E ainda querem comemorar independência, sendo dependentes como bebês.

É por isso que eu sou fã incondicional de todos vocês, malditos. Vocês conseguem ser extremamente sarcásticos de um modo tão sutil que nem vocês percebem.

God bless South America.

Bandidos SANGUINÁRIOS